sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Resultados



Nosso projeto foi um sucesso! Graças à todo nosso esforço, não só do 9º ano A, mas sim de todos os que estavam realmente envolvidos com o projeto, conseguimos chegar ao nosso resultado.
Deu trabalho fazer tudo? Sim, e como, mas valeu muito a pena. Foi um trabalho não só artístico, mas também intelectual e cultural que conseguiu atingir a todos.
Nós só temos a agradecer à presença, ao apoio, à dedicação de todo mundo, que sem isso, não conseguiríamos chegar onde chegamos. Nosso Brasil de Areia não acaba por aí.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Está chegando!

Dia 25 de Outubro estaremos com a exposição do projeto "Nada será como antes" no Colégio Satélite - Rua Mimas, 205 - às 19 horas e esperamos vocês lá. 


Obs:  não estamos tendo tempo para postagens por estarmos correndo para deixar tudo pronto para sexta.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Desculpas

Devido à época de provas, fiquei um bom tempo sem postar, e peço desculpas pela falha... Vamos voltar à ativa?

sábado, 10 de agosto de 2013

"O que você faz pela paz?" Produção textual 6

O que você faz pela paz?
Não sei dizer
Mas tento ajudar com atos bons
E às vezes, não consigo

Mas sei que tentei
Consegui
Pelo menos ajudei
Uma ou outra pessoa por aí

Às vezes eu sei que ninguém vê
Mas não me importo
Por que sei que ajudei
O que você faz pela paz?

Por: Erick Einstein Ribeiro

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

"O que você faz pela paz?" Produção textual 5

O dia começa,
E aquela pequena criança?
Duvido que possua esperança
Nas ruas deste mundo
Só vejo a maldita maldade
Que assombra
Os infantis sonhos
Que tenebrosamente destrói
Aquele possível futuro

E a paz?
Sinceramente, a ignorância só me permite
Ver a escuridão
Afirma
Que é venenosa
Essa forma profunda
Que detona os sonhos
Como posso conseguir viver
Com medo de tudo?

Já não consigo ajudar
A mudar isso
Minhas veias foram tomadas
E meu corpo está sendo levado
Por essa gigante onda
Que destrói as maravilhas e impede a paz

Abra o coração
E deixe ser levado pela multidão
Que traria novamente a vida

Por: Emeni Said Shehade

sexta-feira, 26 de julho de 2013

"O que você faz pela paz?" Produção textual 4

No momento atual, o Brasil está vivendo uma época de protestos e manifestações. Pela primeira vez em muito tempo a revolução está na cabeça do povo, não o futebol e muitos artistas nacionais e internacionais deram apoio, participaram e colaboraram com as manifestações.
Essas manifestações não são apenas pela redução das tarifas do transporte público, mas pela saúde, e educação precárias, pelos baixos salários de professores, contra a corrupção, contra a alienação e contra a falta de paz.
Ao me deparar com a pergunta "o que você faz pela paz?", logo pensei na palavra REVOLUÇÃO, pois acredito que, no Brasil atual, apenas com uma revolução teremos paz. É pela paz que milhões de protestantes mantêm essa mente com ideais revolucionários.
Muitas pessoas acreditam que, o máximo que se pode fazer pela paz é ser uma boa pessoa, não brigar, entre outras atitudes que, na realidade, ajudam com a paz, mas de que adianta isso se não tivermos a revolução em nossa mente?
Não estou pedindo para que sempre que uma coisinha ou outra estiverem erradas, juntar um grupo de pessoas e tentar mudar o país, mas peço para que, se a paz não fizer mais parte do nosso cotidiano, tenhamos a revolução em mente e comecemos mudando o nosso interior.

Por: Maria Luiza Vieira Nunes

sábado, 20 de julho de 2013

"O que você faz pela paz?" Produção Textual 3

O que eu faço ou poderia fazer pela minha,  nossa, sua, vossa voz? Como a própria música cita "você acredita ou não? O que nós fazemos pela qual? Será o meu, o seu máximo para a paz?"
Só a partir das revoltas que conseguiremos proceder com a paz, só depois de várias guerras conseguiremos a paz, depois da revolta de seus agressores.
Teremos que conquistar a paz, mas só a teremos se nos unirmos, sem totais divergências, nada de protestos entre nós e os outros.

Por: Nathan Alexande

quarta-feira, 17 de julho de 2013

"O que você faz pela paz?" Produção textual 2

Para mim, paz é união. Você só vai estar em paz se estiver unido, seja com amigos, família ou até desconhecidos. Você também já deve ter se perguntado pra que as guerras,  roubos, assassinatos e amor e de que adianta aquilo que foi feito para nos proteger, seja lutando pelo país ou não. Este ano, o Brasil acordou e milhões de pessoas estão indo às ruas para protestar e dizer aos políticos que isso NÃO ESTÁ CERTO. Não precisamos de estádios, precisamos de escolas, hospitais, melhoras no transporte público. Lutamos por nossas coisas. Eles gastam milhões para fazer estádios, então quando estiver doente, vá ao estádio... O Brasil acordou e vai mudar e para mim, essa é paz, lutar, unir-se para resgatar o que é nosso por direito.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

"O que você faz pela paz?" Produções textuais 1

E a paz? O que eu faço com ela? Ou melhor, por ela? Cresci acreditando em uma possível quebra desta, já que nunca antes eu houvera presenciado um movimento tão grande em busca dela.
Percebi que eu nunca soube o verdadeiro significado da paz, porque  fui enganada por terceiros que tentam conquistá-la por meio da  guerra! Onde fomos parar?
Mas, e eu? O que eu faço pela paz? Acredito que nenhum ato é grandioso ou louvável o suficiente para isso. Talvez falo mais do que existo. Falo além daquilo que muitos são capazes de compreender e até mesmo além da minha compreensão.
Então eu afirmo, eu EXISTO pela paz! E isso é uma coisa que deve ser sentida e não pressionada. É como  um "vírus", silencioso. Você só se dá conta de que existe quando teu intelecto está dominado pelo mesmo.

Aline Tamasiro

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Revolução.

Segundo dicionários, no contexto em que estamos trabalhando, essa palavra pode signficar:
1. Mudança brusca e violenta na estrutura económica, social ou política de um Estado (ex.: a Revolução Francesa).
2. Reforma, transformação, mudança completa.
3. Perturbação moral, indignação, agitação.
 Cada pessoa tem para si um significado de "revolução". Exitem várias e várias pessoas idealizando uma revolução, estudando as revoluções que já aconteceram no mundo e respirando revolução. O que revolução é para você?

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Rosa de Hiroshima

Nas aulas de agora, estamos aprendendo e debatendo sobre ditadura e guerras mundiais, dois tópicos que nos levam a um nome: Vinícius de Moraes.
Nascido no Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1913, foi um dos poetas e compositores brasileiros que vivenciou a época ditatorial. Teve "duas caras" em seus poemas: a parte mais cotidiana (que o acompanhou desde o início da sua carreira) e a parte com mais críticas sociais (que surgiu na época da ditadura).
Quando a Segunda Guerra Mundial estava acabando, os Estados Unidos, para mostrar seu "poder radioativo", lançou sobre o Japão duas bombas atômicas que caíram nas cidades de Hiroshima e Nagasaki.
A letra da música está sendo analisada em sala, junto com a professora de Língua Portuguesa.
"Pensem nas crianças mudas, telepáticas
Pensem nas meninas cegas, inexatas
Pensem nas mulheres, rotas alteradas
Pensem nas feridas como rosas cálidas
Ma, oh! não se esqueçam da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroshima, a rosa hereditária
A rosa radioativa, estúpida inválida
A rosa com cirrose a antirosa atômica
Sem cor, sem perfume, sem rosa
Sem nada."


Graças a um evento curricular do Colégio, a Gincana Cultural, ficamos um tempo sem postagem novas, mas agora, estaremos de volta.
                                                                   

sábado, 18 de maio de 2013

Produção textual 8

Estávamos todos lá. Era a chance de mudar a forma de governo do nosso pais. Éramos mais de 15 mil e meu companheiro de partido Douglas estava muito entusiasmado pela ideia de revolução. Mal sabia que, agindo daquela forma, ele poderia quebrar nosso sistema.
Tenho certeza de que se não fosse pelo companheiro Marcelo, ele não estaria aqui hoje. Nossa manifestação era pacífica, mas esses policiais repressores eram ignorantes e não conseguiriam aguentar nossos argumentos revolucionários.
Mais de 15 mil, homens e mulheres, mas todos ali tinham medo daquela prisão a qual não sabíamos direito o que era, mas sabíamos que lá estavam muitos companheiros. Nomes eram difíceis de saber já que muitos ali já haviam trocado os deles várias vezes.
Eu não entendia Douglas. Parecia que ele estava na manifestação para ser preso e realmente isso iria acontecer se não fosse por um ato rápido e ágil de Marcelo, para que nosso amigo não fosse preso. Marcelo foi um repreensor.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Nem a rosa, nem o cravo

As frases perdem seu sentido, as palavras perdem sua significação costumeira, como dizer das árvores e das flores, dos teus olhos e do mar, das canoas e do cais, das borboletas nas árvores, quando as crianças são assassinadas friamente pelos nazistas? Como falar da gratuita beleza dos campos e das cidades, quando as bestas soltas no mundo ainda destroem os campos e as cidades?
Já viste um loiro trigal balançando ao vento? É das coisas mais belas do mundo, mas os hitleristas e seus cães danados destruíram os trigais e os povos morrem de fome. Como falar, então, da beleza, dessa beleza simples e pura da farinha e do pão, da água da fonte, do céu azul, do teu rosto na tarde? Não posso falar dessas coisas de todos os dias, dessas alegrias de todos os instantes. Porque elas estão perigando, todas elas, os trigais e o pão, a farinha e a água, o céu, o mar e teu rosto. Contra tudo que é a beleza cotidiana do homem, o nazifascismo se levantou, monstro medieval de torpe visão, de ávido apetite assassino. Outros que falem, se quiserem, das árvores nas tardes agrestes, das rosas em coloridos variados, das flores simples e dos versos mais belos e mais tristes. Outros que falem as grandes palavras de amor para a bem-amada, outros que digam dos crepúsculos e das noites de estrelas. Não tenho palavras, não tenho frases, vejo as árvores, os pássaros e a tarde, vejo teus olhos, vejo o crepúsculo bordando a cidade. Mas sobre todos esses quadros bóiam cadáveres de crianças que os nazis mataram, ao canto dos pássaros se mesclam os gritos dos velhos torturados nos campos de concentração, nos crepúsculos se fundem madrugadas de reféns fuzilados. E, quando a paisagem lembra o campo, o que eu vejo são os trigais destruídos ao passo das bestas hitleristas, os trigais que alimentavam antes as populações livres. Sobre toda a beleza paira a sombra da escravidão. É como u’a nuvem inesperada num céu azul e límpido. Como então encontrar palavras inocentes, doces palavras cariciosas, versos suaves e tristes? Perdi o sentido destas palavras, destas frases, elas me soam como uma traição neste momento.
Mas sei todas as palavras de ódio, do ódio mais profundo e mais mortal. Eles matam crianças e essa é a sua maneira de brincar o mais inocente dos brinquedos. Eles desonram a beleza das mulheres nos leitos imundos e essa é a sua maneira mais romântica de amar. Eles torturam os homens nos campos de concentração e essa é a sua maneira mais simples de construir o mundo. Eles invadiram as pátrias, escravizaram os povos, e esse é o ideal que levam no coração de lama. Como então ficar de olhos fechados para tudo isto e falar, com as palavras de sempre, com as frases de ontem, sobre a paisagem e os pássaros, a tarde e os teus olhos? É impossível porque os monstros estão sobre o mundo soltos e vorazes, a boca escorrendo sangue, os olhos amarelos, na ambição de escravizar. Os monstros pardos, os monstros negros e os monstros verdes.
Mas eu sei todas as palavras de ódio e essas, sim, têm um significado neste momento. Houve um dia em que eu falei do amor e encontrei para ele os mais doces vocábulos, as frases mais trabalhadas. Hoje só 0 ódio pode fazer com que o amor perdure sobre o mundo. Só 0 ódio ao fascismo, mas um ódio mortal, um ódio sem perdão, um ódio que venha do coração e que nos tome todo, que se faça dono de todas as nossas palavras, que nos impeça de ver qualquer espetáculo – desde o crepúsculo aos olhos da amada – sem que junto a ele vejamos o perigo que os cerca.
Jamais as tardes seriam doces e jamais as madrugadas seriam de esperança. Jamais os livros diriam coisas belas, nunca mais seria escrito um verso de amor. Sobre toda a beleza do mundo, sobre a farinha e o pão, sobre a pura água da fonte e sobre o mar, sobre teus olhos também, se debruçaria a desonra que é o nazifascismo, se eles tivessem conseguido dominar o mundo. Não restaria nenhuma parcela de beleza, a mais mínima. Amanhã saberei de novo palavras doces e frases cariciosas. Hoje só sei palavras de ódio, palavras de morte. Não encontrarás um cravo ou uma rosa, uma flor na minha literatura. Mas encontrarás um punhal ou um fuzil, encontrarás uma arma contra os inimigos da beleza, contra aqueles que amam as trevas e a desgraça, a lama e os esgotos, contra esses restos de podridão que sonharam esmagar a poesia, o amor e a liberdade!
Por: Jorge Amado

domingo, 5 de maio de 2013

Produção textual 7

Na ditadura você apenas olhava o que estava acontecendo. Respirar? Não sei... As pessoas estavam vivendo uma época que pode ser chamada de inferno. Falar? Jamais!
Estar andando na rua e do nada ser calado, capturado e preso. Isso era aquele inferno. Ser torturado e ainda não ter liberdade de expressão? Viver assim, apenas observando o que acontece, calado.
De uma hora para outra você está preso em algum lugar com pessoas que você não conhecia, mas sabia o que elas sentiam.
Ser torturado até a morte, ser jogado no meio da rua e ser dado como alguém que morreu atropelado. Preferia morrer do meu próprio veneno, como dizia Chico Buarque.
Ficar calado o tempo e depois ser torturado. A tortura já era ficar calado, já era viver naquela época, e logo depois ser torturado fisicamente. Já não era demais ter que suportar a dor sentimental? Para quem estava ali,   torturando, não.
Se hoje muitas pessoas são frias, não sabem o valor do amor ao próximo, se hoje somos mortos por bandidos sem motivos, imagine o que era viver naquela época. Realmente um inferno!
O pior de tudo é não poder fazer nada e vê-los se divertindo ao torturarem alguém na sua frente ou te torturarem... Não ter banho, talher para comer são coisas que hoje, para nós, são insignificantes, mas para quem estava preso significava tudo. Ter algum companheiro. São coisas pequenas a que eles davam muito valor.

Por: Débora Constantino

Produção textual 6

Eu estava lá, todo o tempo, ao seu lado, mas não pude fazer nada, só lhe acompanhar.
Às 11:05 da manhã, olhei para você, aquele rapaz tapando sua boca como se quisesse que você se calasse, mas não esqueço desse momento ou acontecimento até hoje.
Apenas fico pensando, ninguém mais poderá se expressar durante essa terrível época, a única lembrança que há lembrar de você, é aquela terrível imagem de você é aquela terrível imagem de você sendo calado naquela terrível época ditatorial  toda aquela multidão olhando você sento executado só porque você se expressou diante disso, nunca me esquecerei daquela terrível época.

Por: Nathan Alexandre

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Capitães da Areia em detalhes


  • Foco narrativo - A obra faz uso de um narrador onisciente que, mesmo relatando crimes, os assaltos e toda sorte de delitos realizados pelos Capitães da Areia , não deixa de mostrar o lado doce e carente dessas crianças que se lançaram ao crime como última possibilidade de sobrevivência.
  • Espaço - Cidade de Salvador, capital da Bahia e mais precisamente no velho trapiche que serve de esconderijo, moradia e ponto de encontro dos Capitães da Areia.
  • Tempo -  Cronologia bem marcada, com inúmeras citações de horas, dias da semana, etc.

Jorge, o mais amado do Brasil

Jorge Amado
Características principais de suas obras: 

  • Apresenta-se como o mais fecundo contador de histórias regionais da nossa literatura; 
  • Trabalha com a descrição de tipos marginais, pescadores, marinheiros, visando, através deles analisar toda a sociedade;
  • Usa e abusa de uma linguagem oral que retrata o falar do povo;
  • Apresenta, com frequência, grandes painéis coloridos e de fácil percepção a todo tipo de leitor; 
  • Seus romances são fortemente marcados pelo lirismo e alguns deles por uma postura ideológica explícita;
  • Segundo o próprio autor sua obra divide-se em dois grandes momentos: 
  1. A narrativa de denúncia da exploração dos trabalhadores e suas lutas politicas 
  2. A narrativa colorida de costumes
"Não sei fazer outra coisa... Então, primeiro, eu escrevo porque, bem ou mal, é a única coisa que sei fazer;
Segundo porque é um ofício que, sendo difícil é duro, por vezes dramático mesmo, é um ofício que dá também muita alegria, uma certa satisfação por ter feito alguma coisa... Eu escrevo por não poder deixar de escrever, de escrever romances, de recriar a vida."

Produção textual 5

Não poder fazer nada.
Estava na rua, andando, voltando do meu trabalho. Eu trabalhava no cartório e nesse dia tinha assinado e lido muitos papéis e estava muito cansado. Parecia que eu nunca tinha trabalhado tanto. E essa época era da ditadura, dias difíceis. Em 1955, eu tinha 25 anos. Estava quase chegando em minha casa quando me deparei com uma: um homem calando outro só porque ele fazia um discurso para poucas pessoas. Porém isso para a ditadura era demais. Eu fiquei olhando aquela cena e eu pensei: "Não posso fazer nada. Só assim evitaria acabar dentro de um caixão, como tantos homens que devem ter sido torturados por se negarem a entregar o seu grupo. E se algum deles falar? Ele com certeza iria morrer."
Nesse dia tinha um fotógrafo bem no local, ele tirou uma foto e eu sou o homem que estava olhando diretamente para a cena. Nesse dia eu voltei para casa revoltado por não poder fazer nada. Só podia ver e me calar. Nada mais. Hoje tenho 82 anos e só estou vivo pois não falei nada naquele dia.

Por: Rodrigo Costa

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Produção textual 4

O medo da verdade
Opressão. A primeira coisa que me vem à cabeça: a pessoa é obrigada a ficar calada. Uma só palavra define essa imagem: censura. Onde a pessoa é obrigada a aguentar tudo e ficar calada, ondem você sofre e não pode se defender, um lugar que você se sente diminuído, pois você tem que aguentar o sofrimento, angústia, amargura e também a solidão.
Acredito que a pior coisa é você não poder questionar; eu me ponho no lugar dessa pessoa e sinto amargura, me sinto na vontade de desabafar sabendo que não posso. Também me sinto na obrigação de me defender e de defender os outros, mas simplesmente não posso. Só iria causar dor e mais sofrimento.
Ao mesmo tempo, tenho muita raiva da pessoa que me cala,  mas posso sentir que essa pessoa também quer falar mas não pode.
De uma certa forma, vivenciar essa época deve ter sido a pior coisa que um ser humano pode ter vivenciado, uma forma de derrota, pois você está sendo dominado.
Ditadura. Uma palavra onde se encontra desespero, censura, opressão, sofrimento, ódio, mas tentamos, de alguma forma, encontrar qualquer coisa que nos dê sinal de esperança. Ao acabar esse pesadelo, é como se fosse um desabafo, sabendo que para chegar até ali foi um dos maiores sacrifícios. Agora, você fala o que te faz sofrer, o que te agoniza, pois agora não se encontra mais solidão nem sofrimento, pois não precisa mais tentar jogar algo através de músicas. Agora podemos nos libertar e dizer realmente o que nos irrita e nos faz ter mais medo. Podemos dizer a verdadeira realidade.

Por: Jhenipher Cordeiro

terça-feira, 30 de abril de 2013

Produção textual 3

Raiva era o que eu sentia. E a voz dentro de mim não se calava. Justiça era o que eu queria. A revolução borbulhava dentro de mim, corria como lava nas minhas veias, e era calado que eles pretendiam que eu acordasse?
Eu ergueria minha voz nem que fosse para a morte e no meio daqueles que me censuravam eu me sentia puro, por saber que, mesmo que ocultada, minha voz atingiria algum lugar.
Sentia-me deslocado, como uma aberração, ou então jorrando sintomas da ideologia comunista. Calaram minha boca naquele momento, mas não conseguiam me impedir de pensar e, de dentro do meu peito, gritar.
Mesmo que não transparecesse, a humilhação constate tinha o poder de fazer corar o mais valente dos homens e vulnerabilizar o mais duro coração.
Era ditadura, eles diziam, mas para mentes pensantes, um inferno literal. Dia após dia, uma chama de esperança insistia em renascer e a cada dia mais forte. Mas trazia consigo a pior dor, a dor de ficar calado.
Se respirasse fundo, podia sentir o cheiro da corrupção e de um sistema, aparentemente, inquebrável. Os dias aparentavam ser mais longos quando imaculados naquelas pequenas celas de tortura e humilhação, as vozes que clamavam por revolução eram obrigadas a se calarem.

Por: Aline Oliveira Tamasiro.

sábado, 27 de abril de 2013

Produção textual 2

Pessoas sendo presas por coisas que nem fizeram. Até quando isso? Estou preferindo fingir que não tenho conhecimento nenhum a ter uma atitude contra essa opressão.
Muito tempo já se passou e todos nós continuamos na mesma. Não podemos falar, agir, cantar, fugir... Não podemos fazer nada!
Ainda me lembro daquele dia em que vi meu amigo sendo detido pelos estúpidos policiais da época simplesmente por tentar se expressar. Que cena triste. Que cena vazia. Eu estava com medo de ser preso junto pois já imaginava o que iria acontecer comigo, morreria ao certo, assim como grande parte da população brasileira (a parte mais intelectual) havia morrido. Preferi ser ignorante.
Todos censurados. Tudo nas mãos do governo. Várias pessoas escondidas na escuridão da noite. Chega de torturas, chega desse Brasil! Espero aqui um futuro e um país melhor, com pessoas que têm voz, vez e lugar. Aguardo a tão sonhada e desejada liberdade.

Por: Maria Luiza Vieira  Nunes

Produção textual 1

A determinado tempo, havia a capacidade de haver uma humanidade sem direitos, sem opiniões porém com muitas ideias e muita esperança.
Por que a maldita repressão afetou um dia a nossa sociedade? Como se prolongou essa desumana situação?
Aquele difícil período em que não se sabia ao certo o que fazer. Mas as pessoas nem imaginavam como chegaram àquele triste momento.
Talvez aquelas atitudes de libertação geram a pura tensão da censura até compreenderem que tudo a volta está errado. Até enxergarem o sofrimento de muitas famílias, quando novamente poderem sair livremente na rua, com a certeza de voltarem bem à sua casa.
Finalmente tudo isso acabou, mas o que nunca irá terminar será o sofrimento ainda no coração de muitos.
Por: Emeni Said Shehade

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Imagem para análise.

Hoje, foi feita uma análise da foto abaixo, da época da ditadura e em seguida, a sala produziu textos que serviram para a "moldura" da foto.
As próximas postagens serão as produções textuais..

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Cálice - parte 3

Continuando com a análise da música..

Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano

  • Obrigação de ficar calado após passar por noites de tortura ou idealismo
  • Como ficar quieto com o que acontece;
  • Como segurar algo que é a realidade
 Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado

  • Se por em risco para ver o que acontece
  • Sair do contexto
 Esse silêncio todo me atordoa

  • Sofrer
  • Tortura
  • Não falar nada
Atordoado eu permaneço atento

  • Estar alerta
  • Não entregar
  • Mesmo fora de si, não poder falar nada
Na arquibancada pra a qualquer momento 
Ver emergir o monstro da lagoa

  • Esperar o regime (ditadura) ser derrubado
  • Mecanismos
  • Falhas
  • Soluções
De muito gorda a porca já não anda (cálice)

  • Poder "podre"
  • Corrupção
  • Tanta coisa errada que o governo fica na mesma
De muito usada a faca já não corta

  • Não combate nada
  • O que mantinha as coisas em ordem já não funciona mais
  • Inoperância
  • Nada corta o mal pela raiz
Como é difícil, Pai, abrir a porta (cálice)

  •  Se livrar do sistema
  • Saída do contexto violento
  • Entrada para um novo tempo
Essa palavra presa na garganta

  • Livre expressão
  • Querer falar, mas não poder com medo
Esse pileque homérico no mundo

  • Remete a Homero
  • Intensidade
  • Embriaguez
De que adianta ter boa vontade?

  • Cansaço
  • Não poder fazer nada
  • De que adianta querer e não poder fazer?
Mesmo calado o peito resta a cuca

  • "Posso não 'sentir' mas posso pensar"
  • Mesmo sem liberdade o homem não perde a mente
 Dos bêbados do centro da cidade

  • Loucura / estar fora de si
Talvez o mundo não seja pequeno (cale-se)

  •  Esperança
  • Dúvida
  • Talvez haja mudança
Nem a vida seja um fato consumado (cale-se)

  • Uma vida imposta
  • Rebaixamento da vida a um status de pequena importância
Quero inventar meu próprio pecado (cale-se) 

  • Autorreconhecimento
  • Valorização de si
  • Criar as próprias regras
Quero morrer do meu próprio veneno (cale-se)

  • Ser culpado pelo o que EU fiz
  • Ditadura
Quero perder de vez tua cabeça (cale-se)

  •  "Falando" com a ditadura
  • Perder a "prisão" ditadura
Minha cabeça perder teu juízo (cale-se)

  • Perder a ditadura
  • Julgamento
  • Liberdade
Quero cheirar fumaça de óleo diesel (cale-se)
Me embriagar até que alguém me esqueça (cale-se)
  •  Alucinação
  • Fingir para continuar atento 

Cálice - parte 2

A música começa com: 
Pai! Afasta de mim esse cálice 
 que, teoricamente, representaria:
  •  religiosidade (remetendo à bíblia : Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres. 
    Marcos 14:36) 
  • agonia; sofrimento
  • censura (cálice - cale-se)
De vinho tinto de sangue

  •  sangue das vítimas, dos mártires, de quem sofre.
Como beber dessa bebida amarga

  • Como aceitar a situação, como passar por esse sofrimento 

Tragar a dor e engolir a labuta? 

  • Dor
  • Aceitar um trabalho desumano
  • Aguentar a imposição
  • Aguentar a dor sem falar nada
Mesmo calada a boca resta o peito

  • Mesmo com limitação ainda abriga no peito a vontade/ a voz que não quer falar
  • Censura
  • Peito = abrigo da poesia
  • Resta a vontade
Silêncio na cidade não se escuta

  • Querer falar mas não poder
  • Censura
  • Vontade
De que me vale ser filho da santa?

  • Ser bom
  • Sofrer sem ter feito nada
Melhor seria ser filho da outra

  • Revolucionário
  • Rebaixamento da  pátria
  • Melhor "correr atrás" do errado
Outra realidade menos morta

  •  Realidade que não age, não reage
  • Presos em uma condição
  • Realidade estática
Tanta mentira, tanta força bruta

  • Milagre econômico
  • Imposição 

Cálice

Hoje, em relação ao projeto, foi feita uma análise de uma música feita na época da ditadura chamada Cálice  feita por Chico Buarque.

Atualmente, exitem duas versões. A versão da cantora Pitty:


E a versão "original" de Chico Buarque:


Na próxima postagem, irá a análise feita pela sala.


terça-feira, 23 de abril de 2013

Nome Completo 
Afonso Henriques de Lima Barreto

Quem foi
Lima Barreto foi um escritor e jornalista brasileiro. 

Nascimento
Lima Barreto nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 13 de maio de 1881.

Morte
Lima Barreto morreu na cidade do Rio de Janeiro em 1 de novembro de 1922.

Biografia resumida:
Filho de pais pobres, ficou orfão de mãe ainda na infância (quando tinha 6 anos).
- Estudo no Colégio Pedro II (curso secundário) e no curso de Engenharia da Escola Politécnica.
- Abandonou o curso para trabalhar e sustentar a família. Trabalhou como escrevente coopista na Secretaria de Guerra.
- Para aumentar a renda, escrevia textos para jornais cariocas.
- Era simpático ao anarquismo e militou na imprensa socialista da época.
- Alcoólatra, teve vários problemas relacionados à depressão. Chegou a ser internado algumas vezes com problemas psiquiátricos.
- Faleceu aos 41 anos de idade.

Características e estilo literário:
Escreveu romances, sátiras, contos, textos jornalísticos e críticas.
- Abordou em suas obras as grandes injustiças sociais;
- Fez críticas ao regime político da República Velha.
- Possuía um estilo literário fora dos padrões da época. Seu estilo era despojado, coloquial e fluente.
- É um escritor de transição entre o Realismo e o Modernismo. 

Principais obras
Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909)
- Triste fim de Policarpo Quaresma (1915)
- Numa e ninfa (1915)
- Os bruzundangas (1923)
- Clara dos Anjos (1948)
- Diário Íntimo (1953)

Frases
- "O Brasil não tem povo, tem público."
- "Tudo tem um limite e o football não goza do privilégio de cousa inteligente."

sábado, 20 de abril de 2013

"Os primeiros tempos"

Ontem, durante as aulas de Língua Portuguesa e Artes, discutimos sobre o poema "Os primeiros tempos"  de Alex Polari, que relata como eram as coisas na prisão da época da Ditadura no Brasil.

"Não era mole aqueles dias
De percorrer de capuz
A distância da cela
À câmara de tortura 
E nela ser capaz de dar urros
Tão feios como nunca ouvi
Havia dias  que a pirueta do pau-de-arara
Pareciam ridículas e humilhantes;
E, nus, ainda éramos capazes de corar
Ante as piadas sádicas dos carrascos
Havia dias em que todas as perspectivas
Eram para lá de negas
E todas as expectativas
Se resumiram à esperança algo cético
De não tomar pancadas e nem choques elétricos
Havia outros momentos
Em que horas se consumiram
À espera do ferrolho da porta que conduziam
Às mãos  dos especialistas
Em nossa agonia
Houve ainda períodos 
Em que a única preocupação possível
Era ter papel higiênico
Comer alguma coisa com algum talher
Saber o nome do carcereiro do dia
Ficar na expectativa da primeira visita
O que valia como um aval da vida
Um carimbo de sobrevivente
Em um status de prisioneiro político
Depois a situação foi  até melhorando
E foi até possível sofrer
Ter angústia, ler
Amar, ter ciúmes
E todas as bobagens amenas
Que aí fora reputamos 
Como experiências cruciais"

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Triste Fim de Policarpo Quaresma - Personagens (Parte 5)

Personagens vinculados ao sítio "Sossego"

Felizardo: muito trabalhador, foi contratado por Quaresma. Casado com a curandeira Sinhá Chica.
Era magro, alto, de longos braços, longas pernas, como um símio. (Capítulo III - Segunda parte)
Muito conversador, leva-e-traz. Rebentando a Revolta da Esquadra, foge para o mato para não ser recrutado

Tenente Antonino Dutra: escrivão da Coletoria de Curuzu, encarna, juntamente com o doutor Campos, os piores vícios de nossa política do interior. Foi se apresentar a Policarpo para conhecer suas posições políticas. Por não conseguir nada dele, depois de um tempo, atacou o major pela imprensa e intimou-o a pagar 500.000 réis de multa, por ter enviado umas batatas para o Rio, sem imposto.
Era um tipo comum, mas o que havia nele de estranho, era a gordura. Não era desmedida ou grotesca, mas tinha um aspecto desonesto. (Capítulo I - Segunda parte)
Doutor Campos: médico, presidente da Câmara Municipal de Curuzu.
Era o médico do lugar, morava, porém, fora, na sua fazenda. (Capitulo III - Segunda parte)
Médico medíocre, que sabia de cor uma meia dúzia de receitas, nas quais conseguira enquadrar as doenças locais. Tendo proposto um golpe a Quaresma, como este recusasse, passou a persegui-lo.
 
 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Estudo do meio

No dia 12 de abril, os alunos dos 9º anos saíram em excursão para o centro da cidade. Foram visitados:

  • Museu da resistência
  • Pinacoteca
  • Mercado Municipal
  • Museu da Língua Portuguesa
com o objetivo de complementar os trabalhos


Produção em classe


terça-feira, 9 de abril de 2013

Produção: Mandalas

Mandala (मण्डल) é a palavra sânscrita que significa círculo ou "aquilo que circunda um centro. É uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o cosmo. De fato, toda mandala é a exposição plástica e visual do retorno à unidade pela delimitação de um espaço sagrado e atualização de um tempo divino.



(Desenhos feitos pelos alunos: Pedro Henrique, Aline Tamasiro, Nicolas Souza, João Vitor Lima)

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Triste Fim de Policarpo Quaresma - Personagens (parte 4)

Contra-almirante Caldas: burocrata das repartições, nunca conseguiu embarcar. Certa vez, deram-lhe o comando de um navio existente, como não conseguiu encontrá-lo, apresentou-se aos superiores, foi, preso e submetido a julgamento.
... todo o seu azedume contra a Marinha se concentrou num longo trabalho de estudar leis, decretos, alvarás, avisos, consultas que se referiam a promoção de oficiais. (Capítulo III - Primeira parte)
Inocêncio Bustamante: Tinha a mesma mania por demandas do Caldas.
 Era renitente, teimoso mas servil e humilde. Antigo voluntário da pátria, possuindo honras de major, não havia um dia em que não fosse ao quartel-general ver o andamento do seu requerimento e de outros. (Capítulo III - Primeira parte)
Vivia solicitando medalhas, honras de tenente-coronel etc., acaba se fixando em apenas um ideal: a aposentadoria.

Genelício: bajulador e oportunista, fazia tudo para subir na vida.
Empregado do Tesouro, já no meio de carreira, moço de menos de trinta anos, ameaçava ter um grande futuro. Não havia ninguém mais bajulador e submisso que ele. Nenhum pudor, nenhuma vergonha! Enchia os chefes e os superiores de todo incenso que podia. [...] Acresce que Genelício juntava à sua segura posição administrativa, um curso de direito a acabar; e tantos títulos juntos não podiam deixar de impressionar favoravelmente às preocupações casamenteiras do casal Albernaz. (Capítulo III - Primeira parte)
Floriano Peixoto: Segundo presidente da República. Representa uma caricatura política, aqui apresentado com desprezo critico do narrador, que afirma sua imagem.
Era vulgar e desoladora. [...] Demais, a sua educação militar e sua fraca cultura deram mais realce a essa concepção infantil, raiando-a de violência, não tanto por ele em si, pela sua perversidade natural, pelo seu desprezo pela vida humana, mas pela fraqueza com que acobertou e não reprimiu a ferocidade dos seus auxiliares e asseclas.  (Capítulo I - Terceira parte)

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Triste Fim de Policarpo Quaresma - Personagens (parte 3)

General Albernaz: general que,
Durante toda a sua carreira militar, não viu uma única batalha, não tivera um comando, nada fizera que tivesse relação com a sua profissão e o seu curso de artilheiro. (Capítulo I - Primeira parte)
Generoso e leal, apresenta como uma das suas grandes preocupações casar suas filhas e arranjar pessoas influentes que facilitem a entrada do filho no Colégio Militar.

Vicente Coleoni: antigo amigo de Policarpo,
Quintandeiro ambulante, fora fornecedor da casa de Quaresma há vinte e tantos anos (Capítulo II - Primeira parte)
Tornaram-se compadres, uma vez que Policarpo é escolhido como padrinho de Olga, sua filha. Imigrante italiano a quem Quaresma emprestara dinheiro num momento difícil e que, vindo a prosperar em quitandas e na construção civil, jamais perdeu a gratidão. Bom e correto, mostrou-se sempre fiel a Quaresma, embora não chegasse a compreendê-lo totalmente.

Cavalcanti: noivo de Ismênia que teve o curso de odontologia custado pelo futuro sogro. Formado, dirigiu-se para o interior e nunca mais deu notícias
Para aquela gente toda, Cavalcanti não era mais um simples homem, era um homem e mais alguma coisa sagrada e de essência superior (Capítulo III - Primeira parte)
Doutor Armando Borges: personifica o pedantismo e a falta de escrúpulos.
Médio e rico, pela fortuna da mulher, ele não andava satisfeito. A ambição de dinheiro e o desejo de nomeada esporeavam-no. Já era médio do Hospital Sírio, onde ia três vezes por semana e, em meia hora, via trinta e mais doentes. Chegava, o enfermeiro dava-lhe informações, o doutor ia, de cama em cama, perguntando: "Como vai?" (Capítulo V - Segunda parte)
Seu grande sonho era ser médico do estado, e valeu-se da rebelião para alcançar seus objetivos. Desonesto, roubara escandalosamente de uma órfã rica - o que lhe valeu o desafeto da esposa. Achava que seu pergaminho e o anel de doutor tornavam-no superior aos mortais comuns.
 
 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Triste Fim de Policarpo Quaresma - Personagens (parte 2)

Olga: afilhada de Quaresma, filha do compadre Coleoni,
Não só a luz dos seus grandes olhos negros, que quase cobriam toda a cavidade orbitária, fazia fulgurar o seu rosto móbil, como as sua pequena boca, de um desenho fino, exprimia bondade, malícia e o seu ar geral era de reflexão e curiosidade (Capítulo III - Segunda parte)
Sincera e sensível, compreende o padrinho e sempre o defende frente aos outros. Casou-se com o doutor Armando Borges, mas ao perceber seu fraco caráter e suas pouco louváveis qualidades desiludiu-se completamente.
Não foi desprezo, nojo que ela teve pelo marido; foi um sentimento mais calmo, menos ativo; desinteressou-se dele, destacou-se de sua pessoa. Ela sentiu que tinham cortado todos os laços de afeição, de simpatia, que prendiam ambos, toda ligação moral, enfim (Capítulo V - Primeira parte)
Ismênia: filha do general Albernaz, representa a mulher da época cujo único objetivo de vida é o casamento. Noiva havia anos de Cavalcanti, ante a fuga do noivo, cujo pedido de casamento fora tão comemorado, viu desmoronar o sentido de sua vida. Incapaz de reunir forças para reagir, humilhou-se, entristeceu-se, definhou, enlouqueceu e morreu.
As instruções, as satisfações íntimas, a alegria, tudo isso era inútil; a vida se resumia numa coisa: casar. (Capítulo III - Primeira parte)
Adelaide: irmã mais velha de Quaresma, em tudo, o seu oposto.
A irmã nunca entendera direito o irmão, com a crise não ficou compreendendo melhor; mas o sentira profundamente com o sentimento simples de irmã e desejava ardentemente sua cura (Capítulo IV - Primeira parte)
Embora carinhosa e zelosa com ele, censurava-o constantemente pela rigidez de suas escolhas.
 

domingo, 31 de março de 2013

Triste Fim de Policarpo Quaresma - Personagens (parte 1)

O autor cria personagens caricatos que beiram o ridículo. Pouquíssimos são poupados, atitude que demonstra a revolta de Lima Barreto para sempre o discriminou.

Major Policarpo Quaresma: protagonista da obra, era um homem de mais de  40 anos, extremamente patriótico, ufanista e nacionalista.
...uma disposição particular de seu espírito, forte sentimento que guiava sua vida. Policarpo era patriota. Desde moço, aí pelos vinte anos, o amor da pátria tomou-o todo inteiro. Não fora o amor comum, palrador e vazio; fora um sentimento sério, grave e absorvente. 
     Logo aos dezoito anos quis fazer-se militar, mas a junta de saúde julgou-o incapaz. Desgostou-se, sofreu, mas não maldisse a pátria. O ministério era liberal, ele se fez conservador e continuou a amar a "terra que o viu nascer". Impossibilitando de evoluir-se sob os dourados do exército procurou a administração e dos seus ramos escolheu o militar (Capítulo I - Primeira parte)
Era subsecretário do Arsenal de Guerra, e ni trabalho todos caçoavam dele:
- Este Quaresma! Que cacete. Pensa que somos meninos de tico-tico. Arre! Não tem outra conversa. (Capítulo I - Primeira parte) 
Havia quase trinta anos, a rotina do major servia de relógio para  a vizinhança. Vivia isolado, com a irmã Adelaide. Dedicava-se a estudar e conhecer o Brasil e suas riquezas, possuindo ótima biblioteca especializada nesse tema. Acaba se perdendo nesse fanatismo pela pátria que o cega de maneira ingênua e, ao final, perigosa.
Representa um personagem quixotesco que beira o ridículo e patético em muitas ocasiões. Como qualificado por Floriano: Quaresma é um visionário, um sonhador incorrigível.

Ricardo Coração dos Outros: também idealista, é um violonista amigo sincero de Quaresma, que não o abandona nos momentos mais difíceis. Sua fama vai crescendo durante a narrativa e ele chega a tocar em bairros mais sofisticados e a ser citado nos jornais.
Era magro, baixo, pálido, quase  sempre carregando um violão agasalhado numa bolsa de camurça. Vivendo para o violão e as modinhas, e para o ideal de chegar até Botafogo ficava alheio às contingências terrenas, isolado no seu cubículo de uma casa de cômodos, almoçando café, que ele mesmo fazia, e pão, indo à tarde jantar a uma tasca próxima (Capítulo I - Primeira Parte) 
  
 

sábado, 30 de março de 2013

Capitães da Areia - Personagens

PEDRO BALA – líder dos Capitães da Areia, tem o cabelo loiro e uma cicatriz de navalha no rosto, fruto da luta em que venceu o antigo comandante do bando. Seu pai, conhecido como Loiro, era estivador e liderara uma greve no porto, onde foi assassinado por policiais. 

SEM-PERNAS – deficiente físico, possui uma perna coxa. Preso e humilhado por policiais bêbados, que o obrigaram a correr em volta de uma mesa na delegacia até cair extenuado, Sem-Pernas conserva as marcas psicológicas desse episódio, que provocou nele um ódio irrefreável contra tudo e todos, incluindo os próprios integrantes do bando. 

GATO – é o galã dos Capitães da Areia. Bem-vestido, domina a arte da jogatina, trapaceando, com seu baralho marcado, todos os que se aventuram numa partida contra ele. Além dos furtos e do jogo, Gato consegue dinheiro como cafetão de uma prostituta chamada Dalva. 

PROFESSOR – intelectual do grupo, deu início às leituras depois de um assalto em que roubara alguns livros. Além de entreter os garotos, narrando as aventuras que lê, o Professor ajuda decisivamente Pedro Bala, aconselhando- o no planejamento dos assaltos. 

PIRULITO – era o mais cruel do bando, até que, tocado pelos ensinamentos do padre José Pedro, converte-se à religião. Executa, com os demais, os roubos necessários à sobrevivência, sem jamais deixar de praticar a oração e sua fé em Deus. 

BOA-VIDA – o apelido traduz seu caráter indolente e sossegado. Contenta-se com pequenos furtos, o suficiente para contribuir para o bem-estar do grupo, e com algumas mulheres que não interessam mais ao Gato. 

JOÃO GRANDE – é respeitado pelo grupo em virtude de sua coragem e da grande estatura. Ajuda e protege os novatos do bando contra atos tiranos praticados pelos mais velhos. 

VOLTA SECA – admirador do cangaceiro Lampião, a quem chama de padrinho, sonha um dia participar de seu bando. 

DORA – seus pais morreram, vítimas da varíola, quando tinha apenas 13 anos. É encontrada com seu irmão mais novo, Zé Fuinha, pelo Professor e por João Grande. Ao chegar ao trapiche abandonado, onde os garotos dormem, Dora quase é violentada, mas, tendo sido protegida por João Grande, o grupo a aceita, primeiro como a mãe de que todos careciam, depois como a valente mulher de Pedro Bala. 

PADRE JOSÉ PEDRO – padre de origem humilde, só conseguiu entrar para o seminário por ter sido apadrinhado pelo dono do estabelecimento onde era operário. Discriminado por não possuir a cultura nem a erudição dos colegas, demonstra uma crença religiosa sincera. Por isso, assume a missão de levar conforto espiritual às crianças abandonadas da cidade, das quais os Capitães da Areia são o grande expoente. 

QUERIDO-DE-DEUS – grande capoeirista da Bahia, respeita o grupo liderado por Pedro Bala e é respeitado por ele. Ensina sua arte para alguns deles e exerce grande influência sobre os garotos

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sexta-feira, 29 de março de 2013

Livros 9º ano A - Capitães da Areia

É um romance modernista, pertencente a segunda fase do Modernismo no Brasil (1930-1945), também conhecida como Romance de 30 ou fase Neorrealista, cuja narrativa aparece fortemente vinculada às transformações políticas, sociais e econômicas do período. Pela primeira vez na literatura brasileira, um escritor denuncia de maneira planfetária - romântica, e paraxodalmente, socialista e realista - o problema dos menores abandonados e infratores que desafiavam a polícia e a própria sociedade. A abordagem romântica deve-se, exclusivamente, ao fato de o autor minimizar os delitos dos meninos e acentuar os defeitos da sociedade. Nem mesmo a igreja ficou livre da censura do autor. Por outro lado, Jorge Amado traz para a discussão a problemática desses meninos que não tiveram a felicidade de ter uma família ou a felicidade de ser acolhidos pelo  Estado que tinha (e ainda tem) a obrigação de defendê-los de qualquer tipo de marginalização.
Capitães da Areia trata da problemática do menor abandonado e das suas consequências: a violência, a criminalidade, a discriminação e a prostituição. A narrativa inicia-se com uma sequência de Cartas à Redação do Jornal da Tarde - Carta do Secretário do Chefe de Polícia; Carta do doutor Juiz de Menores; Carta de uma Mãe Costureira; Carta do Padre José Pedro; Carta do Diretor do Reformatório - a fim de debater as questões referentes a crianças que viviam do furto e infestavam a cidade. São apresentados, logo em seguida, três capítulos: "Sob a lua num velho trapiche abandonado"; "Noite de grande paz, da grande paz dos seus olhos"; "Canção da Bahia, Canção da Liberdade"..

"Logo que um novato entrava para os Capitães da Areia formava logo uma idéia ruim de Sem-Pernas. Porque ele logo botava um apelido, ria de um gesto, de uma frase do novato.Ridicularizava tudo era dos que mais brigavam.Tinha mesmo uma fama de malvado.Muitos do grupo não gostavam dele, mas aqueles que passavam por cima de tudo e se faziam seus amigos diziam que ele era um "sujeito bom". No mais fundo de seu coração ele tinha pena da desgraça de todos. E rindo, e ridicularizando, era que fugia da sua desgraça. Era como um remédio. No rosto do que rezava ia uma exaltação, qualquer coisa que ao primeiro momento o Sem-Pernas pensou que fosse alegria ou felicidade. Mas fitou o rosto do outro e achou que era uma expressão que não sabia definir. E pensou, contraindo seu rosto pequeno, que talvez por isso ele nunca tenha pensado em rezar, em se voltar para o céu.O que ele queria era fugir da sua angústia, que estrangulava. Mas o Sem-Pernas não compreendia que aquilo pudesse bastar. Ele queria uma coisa imediata, uma coisa que pusesse seu rosto sorridente e alegre, que o livrasse da necessidade de rir de todos e rir de tudo. Que o livrasse também daquela angústia, daquela vontade de chorar que o tomava nas noites de inverno. No bando,não tardou a se destacar porque sabia como ninguém como afetar a dor"

quinta-feira, 28 de março de 2013

Livros 9º ano A - Triste Fim de Policarpo Quaresma

TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA é um romance do pré-modernismo brasileiro e considerado por alguns o principal representante desse movimento.
Escrito por Lima Barreto, foi levado a público pela primeira vez em folhetins, publicados, entre Agosto e Outubro de 1911, na edição da tarde do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro. Em 1915, também no Rio de Janeiro, a obra foi pela primeira vez impressa em livro, em edição do autor.
O romance discute principalmente a questão do nacionalismo, mas também fala do abismo entre as pessoas idealistas e aquelas que se preocupam apenas com seus interesses e com sua vida comum.
Com uma narrativa leve que em alguns pontos chega a ser cômica, mas sempre salpicada de pequenas críticas a vários aspectos da sociedade, a história se torna mais tensa apenas quando o autor analisa a loucura e no seu final, quando são feitas duras críticas ao positivismo e ao presidente Floriano Peixoto (1891 - 1894). 
O autor optou por escrever a narrativa numa linguagem próxima à informal falada entre os cariocas. Ela se desenvolve em torno de Policarpo Quaresma, brasileiro e extremamente nacionalista, e é dividida em três partes, cada uma contendo cinco capítulos.

"Ele estava ali, só com sua glória e o seu tormento, sem amor, sem confidente, sem amigo, só como um deus ou como um apóstolo em terra ingrata que não lhe quer ouvir a boa nova. Sofria em não ter um peito amado, amigo em que derramasse aquelas lágrimas que iam cair no solo indiferente. Por aí, lembrou-se dos famosos versos: Se choro... Bebe o pranto  a areia ardente..."

O projeto.

O projeto tem como objetivo promover uma série de atividades interdisciplinares que têm como ponto de partida a leitura de 6 obras:

  • Triste Fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto;
  • A Revolução dos Bichos - George Orwell;
  • O Diário de Anne Frank - Anne Frank;
  • Capitães da Areia - Jorge Amado;
  • Fazenda Modelo - Chico Buarque de Holanda;
  • A Metamorfose - Franz Kafka.

O projeto: "Sei que nada será como antes"

Apresentação:
"Um projeto que, através da leitura, da análise, da pesquisa e da troca de experiências, leva o aluno a se perceber como parte importante da sociedade em que está inserido, fazendo-o refletir sobre as relações e os efeitos da convivência humana na sociedade"

Justificativa
Os professores do Colégio Satélite (Jeferson Gomes de Artes, Nathali Neves de Históra e Tatiana Evangelista de Língua Portuguesa) perceberam que a realidade atual vem afastando cada vez mais os alunos do ato de ler. Aspectos como computadores, videogames, TV, o acesso restrito a leitura no núcleo familiar e a falta de incentivo, têm ocasionado pouco interesse para leitura e por consequência dificuldades marcantes que diagnosticado na escola: vocabulário precário, reduzido e informal, dificuldade de compreensão, erros ortográficos, poucas produções significativas dos alunos, conhecimentos restritos aos conteúdos escolares.
Faz-se entanto necessário que a escola busque resgatar o valor da leitura, como ato de prazer e requisito para emancipação social e promoção da cidadania.
Através da leitura o ser humano consegue se transportar para o desconhecido, explorá-lo decifrar os sentimentos e emoções que o cercam e acrescentar vida ao sabor da experiência.
O aluno deve perceber  que a leitura é o instrumento chave para alcançar as competências necessárias a uma vida de qualidade, produtiva e com realização.

terça-feira, 26 de março de 2013

Sob a lua, num velho trapiche abandonado, as crianças dormem.

Antigamente, aqui era o mar. Nas grandes e negras pedras dos alicerces do trapiche as ondas ora se rebentavam fragorosas, ora vinham se bater mansamente. A água passava por baixo da ponte sob a qual muitas crianças repousam agora, iluminadas por uma réstia amarela de lua. Desta ponte saíram inúmeros veleiros carregados, alguns eram enormes e pintados de estranhas cores, para a aventura das travessias marítimas. Aqui vinham encher os porões e atracavam nesta ponte de tábuas, hoje comidas. Antigamente diante do trapiche se estendia o mistério do mar-oceano, as noites diante dele eram de um verde escuro, quase negras, daquela cor misteriosa que é a cor do mar à noite.

domingo, 24 de março de 2013

Produção: Capitães da Areia - cenários


Desenhos feitos pelos alunos: Aline Tamasiro, Nathan Alexandre)

Produção: Expressionismo - loucura

Com a ideia de mostrar a loucura fazendo críticas ao mesmo tempo, foram feitas várias imagens pelos alunos. No caso, a loucura está relacionada ao livro Triste Fim de Policarpo Quaresma.


Desenhos  feitos pelos alunos: Pedro Henrique, Jhenipher Cordeiro, Aline Tamasiro, João Vitor Rodriques e Carolina Frias

Produção: Orixás

Como falar de Jorge Amado e não falar de Bahia? E como falar de Bahia e não falar de religiões? Com o intuito de mostrar as religiões da Bahia, foram feitos desenhos sobre os Orixás.

Desenhos feitos pelos alunos: Aline Tamasiro, João Lima, Jhenipher Cordeiro e Débora Frias

quinta-feira, 21 de março de 2013

Debate sobre os livros: Capitães da Areia e Triste Fim de Policarpo Quaresma 2

  • Ambos trabalhavam com a distorção das regras
  • Existe um poder do Brasil que colabora com um grupo, não em coletivo
    • Sociedade injusta
  • Alienação - carência torna as pessoas alienadas
  • Negação -> pela sociedade
  • Fidelidade:
    • Entre o grupo (Capitães da Areia)
    • Com os próprios ideais (Triste Fim de Policarpo Quaresma)
  • Não tinham educação mas tinham mais informações sobre o mundo (Capitães)
  • Sociedade ignorante com direito a educação mas sem conhecimento (Policarpo)
  • HIERARQUIA
  • Exclusão:
    • da sociedade por serem pobres e abandonados (Capitães)
    • da sociedade por suas ideias além da capacidade daqueles que fugiram de suas raízes para seguir um contexto do que é ideal (Policarpo)
  • Imposição de regras inúteis para a sociedade

Debate sobre os livros: Capitães da Areia + Triste Fim de Policarpo Quaresma

Em comum, os livros falam sobre:

  • Contexto social como justificativa para violência (ditaduras)
  • Liderança e autoritarismo
  • Preconceito
  • Carência
  • Doença (associada à loucura)
  • Intolerância
  • Sistema unilateral organizado
  • Sonhos
  • Hierarquia
  • Exclusão social
  • Sistema inapto
  • Leis e regras
  • Honra / lealdade
  • Julgamento
  • Regras
  • Autenticidade
  • Autorretrato
  • Censura
  • Interesses próprios
  • Denuncia social
  • Alienação
  • Preconceito
  • Opressão do povo
  • Falsos valores
  • Valorização da cultura

Debate sobre os livros : Triste Fim de Policarpo Quaresma


  • Julgamento
  • Loucura
  • Vícios / regras
  • Nacionalismo ufanista
  • Restauração
  • Autenticidade
  • Autorretrato
  • Censura
  • Brasil - colônia econômica de outros países
  • Comércio exterior
  • Abismo social (nacionalismo x interesse próprio)
  • Denúncia social
  • Alienação
  • Organização, legislação para motivação do trabalho
  • Preconceito
  • Comunismo
  • Comparação
  • Exterior de outros países
  • Importação
  • Superfatura
  • Opressão do povo
  • Falsos valores
  • Trabalho - fruto do esforço
  • Decadência social
  • Valorização da culura